
Já está na 33ª SEMANA
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BEBÉ
O seu bebé dorme a maior parte do tempo e já tem períodos de sono REM (a fase do sono em que sonhamos). Nesta semana, ganha cerca de 2cm de altura.
MAMÃ
O seu filhote já está suficientemente crescido para que se consiga distinguir com que parte del corpo dá as suas pancadinhas. E, se tocar na sua barriga, pode sentir onde ele tem o cotovelo ou o joelho.
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X PARTO X
Mitos e verdades sobre o parto
Ao longo da gravidez, de certeza que foi ouvindo algumas crenças relacionadas com o parto, principalmente sobre o modo de favorecer o seu começo. Explicamos o que há de verdadeiro em algumas delas.

Na reta final da gravidez, todos queremos saber quando chegará o momento do parto e, talvez, descobrir algum modo de acelerar o proceso. Será possível? Para estimular a dilatação, a avó aconselha a desistir do elevador e passar a subir as escadas; a tia sugere que se espreite o calendário para saber quando é a próxima lua cheia; e a amiga “marota” desafia-a a … fazer amor! Mas, o que há de verdadeiro nestas sugestões? São apenas crenças, ou têm algum fundamento científico?
FAZER AMOR ESTIMULA AS CONTRAÇÕES? SE O TAMPÃO MUCOSO CAI, É SINAL QUE O PARTO ESTÁ IMINENTE? O tampão mucoso (ou rolhão mucoso) é uma substância gelatinosa que fecha o colo uterino e isola o útero do ambiente externo. > Quando a cabeça do bebé começa a pressionar, o colo dilata e é possível que o rolhão seja expulso. A partir deste momento podem até passar vários dias (inclusive 7-10) antes do bebé nascer, mas também pode acontecer que as contrações ganhem intensidade pouco a pouco e ponham a dilatação em andamento. SE FIZER ALGUM ESFORÇO, A BOLSA AMNIÓTICA REBENTA? Na verdade, as membranas poderiam romper se se fizesse um esforço mais intenso que o habitual. E uma vez rebentada a bolsa, se a dilatação não começa em 48-72 horas, o parto deve ser provocado através da administração de oxitocina. No entanto, se a gravidez decorre sem problemas, pode ter uma atividade física moderada durante os nove meses até às últimas semanas: não existe nenhuma contraindicação de se dedicar às tarefas domésticas habituais.
> Exatamente. Quando a gravidez chega ao fim, manter relações sexuais pode contribuir para aumentar a atividade contráctil. De facto, o líquido seminal contém prostaglandinas, as hormonas que têm a capacidade de provocar contrações do útero, preparando-o pouco a pouco para a dilatação. Sendo assim, durante as últimas semanas de gravidez, as relações sexuais não só não estão proibidas como até são aconselháveis (sempre que o ginecologista não indicar o contrário).

> Outra crendice popular é a que assegura que o parto pode ser adiantado se se fizer um esforço “extra”, por exemplo subindo e descendo escadas, dando passeios mais prolongados em passo rápido, dedicando-se a limpar a casa “a fundo”.
X BEM-ESTAR X
Soluções para as dores de costas
É provável que, a esta altura da gravidez, sofra de algum incómodo ou dor de costas. Adotar uma postura correta e praticar um pouco de exercício pode ser bom para aliviar as dores. Veja aqui os nossos conselhos!

Muitas vezes aparece de repente, quando se levanta da cama ou entra em casa com os sacos das compras. Essa sensação de peso que vem sentindo há algumas semanas transforma-se numa pontada aguda nas costas. Por isso começa a mexer-se com todo o cuidado e lentidão, a fim de evitar outras contraturas dolorosas. Neste caso, os médicos falam de “lombalgia gestacional”.
UM PROBLEMA FISIOLÓGICO > Normalmente, a coluna vertebral não está reta (as suas curvas projetam a cabeça e o abdómen para a frente, e o dorso ligeiramente para trás), de modo que o centro de gravidade desce, o que permite ao corpo permanecer de pé sem consumir demasiada energia. > Por outro lado, na gravidez, a situação é muito diferente. Para manter o equilíbrio, a futura mamá tem tendência a “espetar” a barriga para a frente, acentuando a curvatura natural da parte inferior das costas. Isto faz com que os músculos abdominais e os paravertebrais, os que ficam de ambos os lados da coluna, estejam constantemente contraídos, causando uma certa dor quando se fica em pé muito tempo. Apesar do aumento de elasticidade dos tecidos próprio da gravidez, muitas mulheres chegam a sofrer de dores intensas, ou seja, de lombalgias propriamente ditas. > De facto, um estudo levado a cabo pela Universidade de Hong Kong com um grupo de mulheres que se encontravam no oitavo mês de gravidez e que se queixavam de dores nas costas veio demostrar que a causa da dor quase nunca deve ser atribuída a um problema nas vértebras. A responsável é, pelo contrário, a flexibilidade das articulações e dos ligamentos da pélvis e da região lombar, induzida, precisamente, pelas hormonas da gravidez. CONSELHOS DE PREVENÇÃO > Se possível, frequente aulas de ginástica suave ou de alongamentos, logo a partir do início de gravidez, para fortalecer os músculos. > A ginástica aquática também é uma boa opção. A ausência de gravidade proporciona alívio aos músculos contraídos e as costas conseguem, com os exercícios adequados, adotar posturas relaxantes. > Habitue-se a manter uma posição correta, deslocando a pélvis um pouco para a frente e passando o peso continuamente de uma perna para a outra, se tiver de ficar muito tempo em pé (no autocarro ou cozinhando, por exemplo). > Tente praticar alguns exercícios para proteger as suas costas com regularidade. Escolha alguns que possa fazer tranquilamente em sua casa. Por outro lado, para prevenir os puxões repentinos nos músculos das costas, pode recorrer a alguns truques: > Ao acordar. Para se levantar da cama, primeiro ponha-se de lado. Depois erga-se fazendo alavanca dos braços e pondo os pés no chão. Faça todos os movimentos devagar, sobretudo se a barriga já tem um tamanho considerável. > Se está sentada no chão. Para se levantar, vire-se para um lado até ficar sentada nos calcanhares. Em seguida, utilize apenas os músculos dos glúteos e das coxas para se pôr de pé, mantendo as costas direitas. Para pegar em pesos. Agache-se e, mantendo os pesos junto ao corpo, erga-os lentamente, usando os músculos das pernas. MEDICAMENTOS E TERAPIAS COMPLEMENTARES > Na gravidez, pode tomar-se um anti-inflamatório, mas sempre por indicação médica. > Também se pode enfrentar o problema com o recurso à acupuntura, que pode ser combinanda com o tratamento farmacológico, de modo a diminuir as doses. No que respeita à acupunctura, bastam quatro ou cinco sessões (uma por semana ou, no máximo, de quinze em quinze dias). Cada sessão dura entre 20 a 30 minutos. As agulhas são introduzidas em 10 a 12 pontos localizados nas costas, na pélvis e nas pernas, incluida a zona de origem da dor (muitas vezes ao nível da segunda ou da terceira vértebra lombar ou da zona sacro lombar). > A acupunctura é ainda mais útil quando a dor é muito aguda. Nesse caso, a manipulação das agulhas deve ser mais intensa, com pequenos movimentos de rotação e de extração parcial. O tratamento deve ser levado a cabo por um especialista, já que poderá tocar em alguns pontos contraindicados durante a gravidez. > Também a quiropráxia pode ser uma grande ajuda. Depois de um exame exaustivo, as manipulações vertebrais, sobretudo na zona sacro lombar, combinadas com a manipulação das vértebras torácicas e das extremidades inferiores podem constituir uma alternativa válida aos fármacos. No entanto, devem ser realizado por um especialista e sempre com suavidade.
A partir do terceiro trimestre, o cansaço nas costas é visto como fisiológico. Vejamos porquê.
Para evitar as dores de costas, ou para as sentir o mínimo possível, basta tomar algumas precauções.
O que fazer se a dor já apareceu?
X SAÚDE X
Varizes: veja como combatê-las
A data do parto aproxima-se, a barriga cresce, os pequenos inconvenientes da gravidez aumentam, e as pernas são as primeiras a sofrê-los. Vamos ver porque surgem as varizes e o que pode ser feito para as evitar.

Durante os meses de gravidez, o seu corpo produz uma quantidade crescente de progesterona, hormona que tem a função de amolecer os tecidos do organismo deixando-os, por isso, mais relaxados e elásticos. O efeito da progesterona também afeta as paredes das veias, que, por sua vez, perdem tónus e se dilatam. Por isso, a acumulação de sangue nas veias provoca um estancamento, sobretudo nas pernas, onde a pressão exercida é maior. Este mecanismo por si só pode facilitar a formação de varizes: veias dilatadas, tortuosas e grossas. Do mesmo modo, no terceiro trimestre da gravidez, o útero aumenta visivelmente as suas dimensões e oprime os órgãos e os vasos sanguíneos mais próximos, constituindo um obstáculo ao fluxo do sangue venoso das pernas para o coração. Daí que aumente ainda mais o risco de formação de varizes nos últimos meses de gravidez.
MUITAS VEZES DESAPARECEM POR SI MESMAS > Na primeira gravidez, o problema pode apresentar-se de forma um tanto leve, mas a tendência é para se acentuar nas seguintes gravidezes. Por este motivo é que os especialistas aconselham duas consultas de angiologia a partir de primeira gravidez, mesmo quando não há sintomas evidentes: CONSELHOS PARA AS COMBATER > Nos casos mais graves, o problema também pode ser tratado com medicamentos específicos à base de heparina cálcica. Esta substância não é perigosa nem para a mamã nem para o bebé e, uma vez que se trata de um anticoagulante, também previne o risco de trombose, ou seja, de oclusão das veias. No entanto, só devem ser tomados sob prescrição médica. > Uma alimentação equilibrada, que não seja sobrecarregada de doces e gorduras e fazer exercício diário também contribuem para prevenir as varizes e as alterações estéticas desta natureza. Para favorecer a circulação sanguínea, a futura mamã pode fazer todos os dias meia hora de natação, um quilómetro de passeio, uma hora de ginástica ligeira ou de exercícios dentro de água. > Também é fundamental manter o peso vigiado: não deve ultrapassar de todo o peso aconselhado pelo seu ginecologista. ALGUMAS MAMÃS SÃO MAIS PROPENSAS > Na família já há alguém (homem ou mulher) que tenha tido esse problema: a futura mamã poderá ser, por isso, propensa ao mesmo. > A grávida tem excesso de peso: o peso excessivo obstrui a circulação sanguínea. > A futura mamã leva uma vida sedentária ou tem um trabalho que a obriga a passar muitas horas em pé. Esta posição prolongada impede o retorno do sangue venoso da periferia do corpo para o coração causando o estancamento nas pernas. Entre as categorias de “maior risco” estão as empregadas de balcão e as empregadas de limpeza.
> Na maior parte dos casos, depois do primeiro parto as varizes desaparecem de modo espontâneo. Com o passar dos meses, o organismo materno recupera o equilíbrio que tinha antes da gravidez e, por isso, deixam de existir as causas que originaram estas alterações estéticas: a quantidade de hormonas é restabelecida e o útero regressa às dimensões normais.

> Para prevenir e tratar as varizes, são muito úteis as meias elásticas de 140 Dens (o Den é uma medida que indica a densidade da fibra). Este tipo de meias pode ser usado em qualquer época do ano, principalmente no verão, quando as temperaturas elevadas favorecem o relaxamento dos vasos sanguíneos e, por isso, aumenta o risco de ter varizes. As meias de descanso também comprimem as pernas, compensando a partir do exterior a pressão exercida pelo sangue no interior das veias, impedindo a dilatação das paredes venosas e a acumulação de sangue nos pontos de maior risco (os tornozelos e a parte inferior das pernas).

O problema das varizes não se deve a uma só causa, mas a um conjunto de fatores que fazem com que apareçam (os chamados “fatores de risco”): algumas mulheres são mais predispostas do que outras a sofrer de varizes. Mais concretamente, os riscos aumentam se:
X SAÚDE X
Hipertensão: sintomas e tratamentos
A hipertensão, bastante frequente na gravidez, também precisa de atenções especiais. Na verdade, pode ser sinal de patologias mais graves, como no caso da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia. Vejamos como a podemos manter controlada.

O nível da pressão sanguínea é um dos indicadores mais importantes quanto ao estado de saúde na gravidez e, apesar disso, não é firmemente vigiado. A pressão arterial dever-se-ia vigiar com frequência, mesmo no caso de não existirem problemas anteriores. As mudanças fisicamente relacionadas com esta etapa podem alterar os valores da pressão sem aviso prévio, o que pode mesmo originar sérias complicações. No fundo, é bastante simples: basta medir a tensão arterial.
O QUE SE ENTENDE POR HIPERTENSÃO? > Apesar de ser bastante frequente, a hipertensão na gravidez precisa de uma atenção especial porque pode indicar outras patologias. Neste sentido, as mais comuns seriam a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, patologias sérias que, se não forem tratadas de forma adequada, podem trazer consequências quer à mãe, quer ao bebé. Se estas patologias surgem, o ginecologista será o único a poder decidir o tratamento mais oportuno. No entranto, muitas vezes, a hipertensão durante a gravidez tem outras causas, e para manter a situção sob controlo basta alimentar-se adequadamente. QUAIS SÃO OS SINTOMAS? > De qualquer forma, quando surgem transtornos como dor de cabeça, “ver luzinhas”, zumbidos, dores na boca do estômago, redução da diurese e edemas ou inchaço, aliados a um considerável aumento de peso, há que informar o médico de imediato já que pode tratar-se de pré-eclâmpsia, caracterizada, além da tensão alta, pela presença de proteínas na urina. > A dor de estômago, do mesmo modo, pode confundir-se com uma gastrite, que é um problem bem mais frequente no final da gravidez. Na verdade, trata-se de uma dor causada por um edema, que também afeta os órgãos internos, principalmente o fígado. REGRAS PARA A PREVENÇÃO É bom que tire o sal da mesa mas também deve restringir o uso de alimentos naturalmente salgados. > Não exagere no consumo de conservas. > Leia as etiquetas dos alimentos procesados (muitos aditivos contêm sódio, como o glutamato monossódico, o nitrato, o nitrito, o citrato, o sorbato de sódio). > Restrinja o consumo de queijos salgados (como o feta e alguns queijos de cabra). > Evite condimentos ricos em sódio (cubos de caldo, molho de soja, ketchup, mostarda). > Compre os produtos que têm menos sal (tostas hipossódicas, pão sem sal). > Evite os petiscos salgados, por exemplo batatas fritas ou pipocas. > Utilize ervas aromáticas em vez do sal. Para dar mais sabor às refeições, puede usar ervas aromáticas com um sabor mais intenso, como os orégãos, o tomilho e o alecrim. Se não quer abdicar do sabor do sal, pode usar o sal dietético hipossódico, concebido para pessoas que sofrem de hipertensão. > Vigie as calorias: a hipertensão deve-se, muitas vezes, ao exceso de peso. > Não exagere nas gorduras, sobretudo nas de origem animal, como a manteiga. Esta precaução é igualmante útil para reduzir o colesterol que, atuando nas paredes das artérias, agrava a hipertensão. Coma muitas verduras: a maioria dos produtos hortícolas é rica em potássio, que contraria a ação do sódio e ajuda a manter a pressão regulada. Além disso, as fibras contidas nestes alimentos dificultam a absorção intestinal de colesterol.
Uma pessoa hipertensa é alguém que apresenta, pelo menos em dois momentos, uma pressão máxima (sistólica) de 140mmHg ou uma pressão mínima (diastólica) de 90mmHg.
Se a tensão alta na gravidez é leve ou moderada, os sintomas podem ser inexistentes ou muito leves, pelo que apenas um seguimento de perto e um controlo rigoroso permitem identificar os sintomas.
> Redução do consumo de sal. O sistema facilita a retenção de líquidos e provoca o aumento do volume sanguíneo que favorece o estado de hipertensão e traz dificuldades para o trabalho do coração.
X EXERCÍCIO X
Treino autogénico respiratório em 10 passos
Conhece esta técnica? Garantimos que será muito útil para enfrentar o parto, pois pode ajudar a controlar a tensão, a relaxar-se e a viver mais serenamente a vinda do bebé.

1 EM QUE CONSISTE
O treino autogénico respiratório, oriundo da Rússia, não foi originalmente concebido como técnica de relaxamento para grávidas, mas sim como um método para combater os efeitos negativos do stress.
No entanto, de alguns anos para cá, a técnica foi adotada nos cursos de preparação para o parto. O objetivo? Ensinar as grávidas a controlar a angústia e o medo antes, durante e depois do parto. Hoje em dia, a maioria dos cursos de preparação para o parto inclui aulas de treino autogénico.
Esta técnica consiste em tentar visualizar todos os músculos do nosso próprio corpo, identificar os que estão mais contraídos devido à tensão nervosa e a aprender a relaxá-los.
A respiração desempenha um papel fundamental durante o processo: deve ser regular, lenta e profunda. Com o passar do tempo, a repetição do exercício faz com que este procedimento seja cada vez mais automático, até que se ativa de forma autónoma e espontânea, nas situações mais stressantes.
2 PARA QUE SERVE > Quando estamos preocupados, tendemos a contrair os músculos das costas, do pescoço e do abdómen. O resultado é uma série de incómodos psicossomáticos: dores de costas, dores de cabeça, problemas intestinais, etc. > Esta técnica não pode resolver os problemas que geram as nossas preocupações, mas, pelo menos, evita a angústia. Consequentemente, ajuda-nos a lidar melhor com as dificuldades. 3 VANTAGENS PARA O ORGANISMO > Veja-se um exemplo: a tensão nervosa leva a parturiente a contrair os músculos do pavimento pélvico, quando devia fazer precisamente o contrário. Os músculos devem estar relaxados para facilitar a passagem do bebé e acelerar o nascimento. > O treino autogénico reduz a componente psicológica da dor, a tal ponto que pode abreviar a fase expulsiva do parto. No entanto, não elimina esse fator completamente. Temos de ser claros a este respeito para não criar falsas expetativas que possam gerar sentimentos de desilusão e frustração. 4 BENEFÍCIOS PARA A MENTE > A mulher que aprenda a controlar o medo e a angústia com a ajuda deste método enfrentará com mais serenidade as suas futuras tarefas de mamã. Não ficará agitada quando o bebé chorar de noite, quando ele não estiver bem ou fizer uma birra, e saberá reagir com energia a todos os pequenos obstáculos do dia-a-dia. > As experiências stressantes da vida quotidiana tornam-se mais toleráveis com a prática do treino autogénico. Com este método, aprende a ter um maior autocontrolo e a ganhar confiança nas suas próprias capacidades. Por isso é necessário apresentar esta técnica às futuras mamãs, não só como um instrumento útil face ao parto, mas também como uma ferramenta muito válida para a sua própria experiência vital. 5 UMA LIÇÃO “TIPO” > A sessão deve decorrer num ambiente tranquilo, sem ruídos nem focos de distração. Para começar, a instrutora explica o exercício: há que visualizar primeiro um grupo de músculos específico (os das pernas, por exemplo), e relaxá-los um a um, respirando lenta e profundamente. Então, as futuras mamãs põem em prática o exercício, guiadas pela voz tranquila da instrutora. Às vezes uma ou outra adormece, algo totalmente normal. > Terminado o exercício, todas permanecem em silêncio por alguns minutos. Depois, movem-se um pouco para despertar os músculos e repetem o mesmo exercício desde o princípio. > Os futuros papás também podem assistir às aulas, pois vão ajudá-los a partilhar e compreender melhor o estado de espírito das suas companheiras e a beneficiar desta técnica num momento tão importante também para eles. 6 DURAÇÃO DO CURSO > Trata-se de um método que não se aprende com apenas uma hora de aulas por semana, em poucos meses, como é hábito dos cursos de preparação para o parto. Nove em cada dez mamãs que aprendem o treino autogénico deste modo não conseguem pô-lo em prática no momento do parto. > A duração ideal é de um ano. Por isso, a preparação deve começar antes do início da gravidez, quando a mulher decide engravidar, e prosseguir depois do parto, para ter esse apoio nas tarefas quotidianas mais tensas. 7 COMO SE PROCESSA > No entanto, é importante lembrar que, ainda que a mulher esteja preparada, não pode prever o que vai acontecer durante o trabalho de parto se nunca passou por ele, uma vez que o parto é uma experiência totalmente única e indescritível. Por isso, a parturiente não deve ter a ilusão de que as técnicas aprendidas funcionem na perfeição, porque, se não conseguir aplicá-las, o seu sentimento de frustração agravará a dor e a ansiedade. > Neste sentido, os especialistas devem ser muito claros desde o princípio com as futuras mamãs: o treino autogénico não é um remédio mágico que resolve os problemas, mas ajuda em maior ou menor medida, em função do carácter e da preparação de cada uma. 8 PRÓS E CONTRAS > É uma técnica que qualquer pessoa pode aprender e não requer instrumentos nem ambientes especiais (como a epidural ou o parto na água). Além disso, é económico e passa a fazer parte, para sempre, dos recursos próprios da pessoa uma vez aprendido, pelo que não requer cursos de atualização. > A sua utilidade não se limita ao parto: o treino autogénico ajuda também a futura mamã a enfrentar as mudanças profundas que implica o nascimento de um filho. > O ponto fraco desta técnica é, talvez, a necessidade de ser praticada durante um tempo prolongado e de forma assídua. Além disso, os seus resultados não são imediatos e muito menos garantidos. Não é um método adequado se a futura mamã pretende um parto sem dor. Neste caso é melhor recorrer a outras soluções, como a epidural. 9 COMO PRATICÁ-LO EM CASA > Por isso, deve também ser praticado o mais possível em casa, repetindo os exercícios aprendidos nas aulas. É melhor fazê-lo num aposento tranquilo e, depois, pô-los em prática ao longo do dia, nas situações de stress. Só desta forma a mamã obterá resultados positivos. 10 ADVERTÊNCIAS > No entanto, as pessoas muito sensíveis e recetivas podem envolver-se em demasia e perder a consciência durante os exercícios. Isto acontece muito raramente e não há nada a temer, apesar de ser uma experiência desagradável e assustadora para quem a vive. Nestes casos, convém abandonar este método e procurar outra forma de relaxamento.
O treino autogénico respiratório não é uma varinha de condão que faz desaparecer a dor ou a angústia, mas ajuda a controlá-las. O que nos permite enfrentar os problemas e as dificuldades com mais serenidade.
Cerca de 40% da dor que a mulher sente durante o parto deve-se à ansiedade provocada pela situação que está a viver, pelo temor de não correr bem, e pelo medo da dor. Cria-se, assim, um círculo vicioso.
Uma vez aprendido, o treino autogénico respiratório é um recurso extremamente útil para toda a vida.
Uma aula de treino autogénico respiratório, dedicada às futuras mamãs, dura mais ou menos uma hora, e costuma ser orientada por alguém que tenha uma preparação específica, como um psicólogo ou uma parteira.
A duração recomendada para o curso é, talvez, o único inconveniente do treino autogénico respiratório.
Se a futura mamã praticou bastante e já aprendeu a desenvolver uma espécie de reação automática nas situações de stress, no momento do parto ela irá pô-lo em prática de modo espontâneo: controlará a respiração e relaxará todos os músculos envolvidos diretamente no processo de expulsão.
O treino autogénico respiratório é uma prática habitual nos cursos de preparação para o parto por várias razões:

Como dissemos antes, uma hora por semana não é o suficiente para aprender a técnica do treino autogénico.
A prática desta técnica, para a qual não existem contraindicações, pode beneficiar qualquer pessoa.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista na semana que vem
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